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Sonhos de uma idealista

por Psaharah, em 31.10.11

Se algum dia parasse para contar todos os sonhos que povoam a minha mente, nunca mais falaria de outra coisa.

Pois sonho com um mundo assente nos pilares da liberdade, da beleza, da verdade e do amor, os quais regerão as relações entre os homens. Sonho com o dia em que a arte e a harmonia ditarão a norma, e a música se ouvirá em cada palavra que se diga.

Sonho com o dia em que os homens se chamarão de irmãos e presentearão estranhos com sorrisos, enquanto andam na rua. Com o dia em que as palavras de amor sairão da boca de apaixonados, sem medos ou complexos.

Sonho com o dia em que poderei dar qualquer coisa a alguém, sem esperar nada em troca.

Sonho com o dia em que as crianças voltarão a ser crianças e os seus gritos de alegria e a algazarra das suas brincadeiras possam ser ouvidas da minha janela.

Sonho com o dia em que os jovens voltarão a fazer amigos, em vez de adicioná-los, em que um abraço voltará a ser mais importante do que um comentário.

Sonho com o dia em que os povos falarão a mesma língua, e em que as pessoas serão mais importantes do que objectos.

Sonho com o dia em que a inteligência será mais valorizada do que o aspecto físico e em que a palavra dos homens voltará a ter valor.

Além de tudo, sonho com o dia em que a felicidade significará uma chávena de chocolate quente no Inverno ou simplesmente um beijo à chuva.

Mas não percam tempo com os meus sonhos, pois sou apenas uma idealista.

 

“You can say I’m a dreamer

But I’m not the only one.” – John Lennon

 

“…the world would be cold

Without dreamers…” - Scorpions

 

Perly Ramos

31/10/2011

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publicado às 21:52

Devaneios...

por Psaharah, em 22.10.11

Estavam os dois de mãos dadas. Andavam calmamente pela areia quente, enquanto as ondas refrescavam os seus pés, aliviando o calor. Mal falavam, mas o silêncio não era constrangedor, pelo contrário, sentiam-se ainda mais próximos.

 

E não tinham pressa. Estavam sós e o momento pertencia-lhes. Naquele instante eram senhores do mundo e soberanos dos céus. E o silêncio fê-los sorrir.

 

A fogueira que os aguardava completava o quadro do sol poente, num jogo de luzes inigualável e indescritível.

Sentados na areia, os braços em volta um do outro, pareciam uma criatura só, um único ser. E sentiam-se como tal. A brisa marítima deixou de ser fria.

 

As palavras suspiradas no silêncio perderam-se no som das ondas a rebentar na praia. E, com eles, a lágrima que ela não conteve, mas conseguiu esconder dele, por trás do seu sorriso.

 

A lua que nascia no horizonte iluminou o rosto dele. Um sorriso sem igual que a ela dirigia. A lua ficava cada vês mais alta, até que se escondeu atrás das montanhas a oeste. E foi o silêncio novamente.

 

Quando os olhos abriram-se, incomodados pelos primeiros raios de sol, ele sentiu-se incompleto. Olhando à sua volta, reconheceu as pegadas que se afastavam.

 

Engoliu em seco tentando reprimir as lágrimas que teimosamente vieram-lhe aos olhos. E correu até conseguir ver aquela silhueta esguia que se afastava no horizonte com o cabelo ao vento.

 

E foi então que percebeu.

 

Com um sorriso, deu meia volta e, ao caminhar em direcção à fogueira, agora apagada, foi assaltado pelas memórias mais felizes.

Um último olhar no caminho indicado pelas pegadas. Um adeus. Seguiu na direcção contrária, ainda sorrindo.

 

Não estavam destinados...

 

Perly Ramos

18/10/2011

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publicado às 19:12

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por Psaharah, em 05.10.11

Há, no mundo, esta força que emana

De ti para mim

E de mim para ti

E, assim, entre nós,

Flui.

 

E esta força

Intangível, invisível

Aproxima-me de ti

Para te afastar de mim.

 

O círculo da estrada fechou-se

Para te trazer a mim

Quando eu fugi de ti.

 

No vento, ouço

Palavras tuas que foram minhas

E palavras minhas

Que só não são tuas

Porque nunca as proferi.

 

Há no mundo esta força que emana

De ti para mim

E de mim para ti.

 

É que já nem sei

Se eu sou tu

Ou se tu és eu.

 

Perly Ramos

03/10/2011

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publicado às 11:11


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