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foipoema

por Psaharah, em 19.10.12

foipoema

foipoema aquilo que comecei

A primeira palavra

Do primeiro verso

 

foipoema

O que eu sonhei

E as rimas que coleccionei

 

foipoema

A noite, o momento

E a inspiração

 

foipoema

A canção, a dança

E o beijo

 

foipoema

Os murmúrios que trocámos

O teu abraço

E o meu suspiro

 

foipoema?

 

As estrelas e as ondas?

 

foipoema?

A brisa e as vozes?

 

foipoema!

 

 

Perly Ramos

9/10/2012

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publicado às 20:47

O Cofre do Pirata

por Psaharah, em 16.10.12

É uma fina linha

A corda que liga uma montanha à outra

 

E o verde Éden do outro lado

Tentando e atraindo

O caminhante despercebido

Que aceita o desafio

E vê-se em equilíbrio precário

Arriscando uma queda livre no abismo

 

O caminhante atravessa, mas

A meio caminho a corda parte-se

Água e rocha envolvem-no

Num turbilhão de imagens e sons

E a voz distante chama

Apenas para ser ignorada

 

Na margem, ainda desorientado

O caminhante, agora náufrago,

Desenterra o cofre do pirata

E nele guarda o mesmo tesouro

Que uma vez foi roubado por Calipso.

 

Perly Ramos

02/02/2012

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publicado às 22:35

O que dizem os teus olhos?

por Psaharah, em 12.10.12

O que dizem os teus olhos?

Que segredos escondem estes dois cristais?

Quantas alegrias escondes por detrás

Destas cortinas escuras?

 

O que dizem os teus olhos?

São segredos que nunca encontro e 

Nem papiro nem pergaminho ousam revelar.

Que lembranças estão guardadas

No cofre da tua memória?

 

O que dizem os teus olhos?

Fecha os olhos e conta-me,

Pois os meus são os únicos ouvidos da noite.

Chega-te ao pé de mim

E sussurra.

 

O que dizem os teus olhos?

Que esfinge fez de ti pupilo?

E porque, enigmáticos, escondem de mim

Alegrias e tristezas tuas?

 

O que dizem os teus olhos?

Conta-me, conta-me enquanto envolvo-te

Na segurança de um abraço.

 

O que dizem os teus olhos?

Porque contradizem o sorriso

Que te enfeita o rosto?

 

Vem. Vem enquanto a noite ainda é segura

Fala baixo, murmura

Mas vem

E conta-me

 

O que dizem os teus olhos?

 

Perly Ramos

11/04/2012

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publicado às 22:14

A Folha em Branco

por Psaharah, em 09.10.12

A folha em branco, o meu maior medo

Ela olha-me sarcástica

Zomba e faz pouco de mim

E fica à espera…

 

Quer sentir a tinta

Percorrendo-lhe o corpo pálido, dando vida

À sua inexistência, à sua indiferença

 

Escondo-me dela,

Pouso a ponta da caneta… paro

Volto a suspender a mão…

Uma gota de tinta cai

Corrompendo a superfície

Cândida, trocista…

Observo-a, enquanto é absorvida

Tornando-se numa só,

Fundindo-se com o pedaço de papel

Não mais branco…

 

E desafio aquele olhar

Enquanto a minha mão desliza

Sobre aquela superfície lisa

 

E recordo-me

Palavras que sempre quis escrever

Presas na jaula da mente

Saltam-se, respiram,

Ganham vida e forma,

Sorriem e choram

São felizes num verso

Para serem tristes no outro

 

Uma rima mal feita

Uma quadra que se tornou terceto

Mas sentimento puro

Em cada sílaba métrica não intencional

 

E no fim, olho atónita

Aquela página, outrora branca

Agora esborratada…

Sorrio…

Afinal sempre consegui que

As palavras ganhassem vida num poema

Mesmo sem o sopro das musas…

 

06/02/2011

PerlyRamos

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publicado às 22:15

Silêncio

por Psaharah, em 05.10.12

O pecado que reside no silêncio é maior

Do que aquele que se solta na palavra.

 

O silêncio, dourado, imutável, inoxidável

Assim torna as coisas belas guardadas na alma.

 

O pecado do silêncio aprisiona o Ser

Da mesma forma como um pardal

Perde o canto numa gaiola.

 

O pecado do silêncio é enganador

Segurança dissimulada, barreira frágil.

Nunca encontramos abrigo, e nesta busca

Perdemos o caminho num labirinto –

Palavras murmuradas para o muro nu

Da cidade de multidões.

 

O pecado do silêncio torna-nos invisíveis

Imutáveis, seguros, inoxidáveis.

Incapazes.

E a vida é um sonho acordado.

 

Perly Ramos

2/04/2012

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publicado às 21:43

Daydreams

por Psaharah, em 02.10.12

No céu formou-se um abismo enquanto o cão perseguia uma borboleta. E a bruxa, com o seu sorriso escarninho e face demoníaca ria alto.

As sombras vão e voltam, o tempo passa, o vento sopra e ela corre. Corre, corre, ri e brinca.

Corre descalça e despenteada. Tem o cabelo enfeitado de diamantes e partilha o piquenique com os pássaros. Morangos, tangerinas, uvas e maçãs. Bolos e cerejas, limonada fresca!

O sol multiplica-se e cada novo sol tem mil cores que se replicam nas gemas e no cabelo dela, que ondula ao sabor da brisa suave.

É uma explosão de luz em forma de bolhas de sabão, que deformam a paisagem que se torna ora estreita, ora tão larga quanto o mar.

Lá em baixo, as sereias acenam e seduzem marinheiros e pescadores despercebidos, com as suas vozes que cantam na língua dos peixes.

 

Enquanto a vida corre, as estrelas fazem desenhos no céu e pintam a memória de heróis e lendas.

 

Perly Ramos

25/05/2012

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publicado às 19:52


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